O remake de “Pantanal” é um sucesso de audiência e uma das principais atrações do folhetim certamente é a natureza exuberante da região com sua fauna diversificada. Na trama, inclusive, uma cobra e uma onça são atrações à parte, consideradas integrantes do elenco da novela.
O que nem todo mundo sabe é que, apesar dos efeitos especiais, a onça-pintada que aparece em várias cenas da novela é verdadeira, tem nome e vive em uma instituição. Nos bastidores, sua história despertou algumas controvérsias sobre sua origem, que foram esclarecidas posteriormente pelos criadores.
Conheça mais sobre a onça Matí que está fazendo bonito na obra da Globo!
Tudo sobre a onça-pintada da novela “Pantanal”
Durante seis dias, a onça Matí participou das gravações do folhetim no Pantanal e encantou com seu temperamento bem calmo. No set de filmagem, Matí contracenou com Enrique Días (intérprete de Gil), Juliana Paes (que dá vida para Maria Marruá) e Alanis Guillen (que vive Juma, filha de Maria Marruá).
No entanto, as cenas com a onça só foram possíveis porque a emissora carioca conseguiu autorizações especiais e tratou a onça como uma verdadeira celebridade. Matí teve direito a alimentação especial, ambiente climatizado e pausas para descanso durante as gravações.
A onça que virou estrela da Globo vive no Instituto NEX, que fica em Goiás (GO) e tem a missão de resgatar, reabilitar, abrigar, monitorar e, quando possível, reintroduzir felinos na natureza. A onça de “Pantanal”, no entanto, foi domesticada e, portanto, perdeu seu instinto selvagem, o que a transformaria em uma presa fácil.
Em entrevista ao Gshow, a coordenadora de Projetos e Atividades do NEX, Daniela Gianni, disse que o convite da Globo foi uma oportunidade de transformar uma história triste em algo positivo, já que Matí tem a missão de representar a força da natureza na novela.
Antes de ir para o NEX, Matí nasceu e foi criada pelo Instituto Onça-Pintada (IOP), que desmentiu o boato de que o animal tivesse sido resgatado por ter perdido a mãe, ainda cedo, sendo uma procriadora: “Matí nasceu aqui no criadouro e cumpriu, juntamente com os outros filhotes, a função de preservar a espécie”.
De acordo com os responsáveis, é comum animais serem transferidos para outros criadouros. “Ano passado, ela foi destinada para o outro criadouro, que é o NEX, com a intenção de ser uma fêmea reprodutiva e contribuir para a espécie. Nosso propósito maior é a conservação da espécie”.
Assista ao pronunciamento:
Os criadores só enviaram Matí quando já estava uma fêmea, criada, tranquila, de acordo com as técnicas de humanização que usam no Instituto. Também é mentira que a onça foi resgatada porque, domesticada, não conseguiria sobreviver na natureza, recebendo todos os cuidados necessários desde o nascimento: “Não sei porque inventaram tudo isso”, lamentou um dos resposáveis.
Um detalhe é que a aparição de onças-pintadas em ambientes como o Pantanal não é muito comum, o que dá ainda mais magia às cenas de Matí. A onça de três anos traz toda a atmosfera mística nas cenas de Maria Marruá na primeira fase da novela. E, agora, voltará também na segunda etapa da novela porque Juma herdou o poder sobrenatural da mãe de se transformar no animal selvagem.
Os atores e atrizes que fazem parte do elenco ficaram impressionados quando viram uma onça-pintada nas gravações. Durante coletiva para a imprensa que o Zappeando participou, Renato Góes, que viveu José Leôncio na primeira fase de “Pantanal”, relatou que teve a oportunidade de ver uma onça nativa e que o momento foi muito especial.
“Estava no rio e comentei com Almir (Sater) se a gente visse uma onça o que a gente faria. E ele falou que era uma questão de muito respeito. Três minutos depois ela aparece. Ela veio na nossa direção, e Amir disse para eu não sair do rio, mas eu não consegui. Eu peguei meu celular e filmei. Foi muito especial”. “Ficamos com inveja do Renato, que viu a onça” completou Letícia Salles, que interpretou a jovem Filó.