Conheça Bruno Perillo, o Bernardo de ‘Viver a Vida’ e o Professor de ‘Salve Geral’

Neste ano, Bruno Perillo passou por grandes mudanças em sua vida profissional. O ator, que tem uma carreira consolidada no teatro paulistano, ganhou o papel de Bernardo, namorado de Clarisse, a personagem de Cecília Dassi, em “Viver a Vida”, e está fazendo grande sucesso como Professor, um dos lideres do PCC (Primeiro Comando da Capital) no longa “Salve Geral”.

Aos 38 anos, ele se diverte com o reconhecimento do público depois de anos na profissão e procura lidar com a fama de maneira natural, sem alterar a rotina da família. Pai de Beatriz, de 2 anos e meio, o galã revelou que conversa com a menina sobre as cenas mais picantes. “Minha filha assiste à novela, mas achei o filme violento demais para ela”, diz o ator.

Ele também falou sobre o início de sua carreira. “Comecei no teatro em São Paulo, no Grupo Tapa, e depois segui para o Folias d’Arte. Fiz vários espetáculos que me deram base e segurança na minha carreira”, contou o Bruno, que além de ator é músico. “Aprendi a tocar piano e violão com uns 12 anos e em algumas peças tocava os instrumentos ao vivo. Sempre consegui levar a música para dentro do teatro. Acho o trabalho musical em cena muito forte. Acredito que para o ator contemporâneo é muito importante ter essa versatilidade”, declara.

O interesse pela arte vem de família. Filho de fotógrafo, o paulista é casado com a bailarina Marina Caron, mãe de Beatriz. Quando o assunto é a primogênita, Perillo revela que, sempre que possível, explica para a menina sua profissão. “É incrível como ela já entende que é o ‘trabalho do papai’. A Bia respeita, sabe que é ‘de mentirinha’. Procuramos levar tudo na naturalidade. Eu e minha mulher conversamos muito sobre as cenas de beijo, de contato mais físico. Tem que ter cuidado porque criança tem uma percepção, uma sensibilidade enorme, mas é engraçado ver ela falando com os amiguinhos que o pai é ator”, explica ele.

Em relação ao casamento, Bruno acredita que ter um pouco de ciúmes é normal: “Marina é uma grande companheira. Como ela é artista, entende melhor o contexto. Também tenho que me controlar quando ela está no palco (risos). Mas não é nada que atrapalhe a relação. Ela entende que faz parte da minha carreira o contato físico, além da aproximação do público”.

Apesar de não ser novidade – ele interpretou o vilão Rogério na novela “Belíssima”, de 2005 – ele já sente a repercussão de um trabalho na televisão: “Hoje vivo um momento muito legal no meu trabalho. Estar em uma novela abre muitas portas. Em ‘Belíssima’, vivi um pouco essa sensação do retorno imediato do trabalho. É um feedback instantâneo, muito gratificante. O bacana é que você consegue ir mudando a trajetória do personagem junto com a audiência”.

Sobre a trama de Manoel Carlos, o artista já se acostumou com a diferença de idade entre seu personagem e sua namorada interpretada por Cecília Dassi, 20 anos mais nova que ele. “Acho que isso já está na nossa natureza. A diferença de idade existe e ponto. Trabalhamos outras coisas no processo de criação do Bernardo. Não ficamos atrelados a isso. Tive aulas de culinária, por exemplo. Cozinhei crepes de chocolate e frutas para a Cecília”. Se a atriz gostou do cardápio? “Ninguém da equipe reclamou! (risos)”

A possível indicação ao Oscar do filme “Salve Geral” deixa o ator ansioso. O longa de Sérgio Rezende é o candidato brasileiro ao prêmio da Academia. “Por enquanto é só uma possibilidade, mas a gente acredita muito no filme e estamos muitos felizes com o resultado final e a aceitação do público. O cinema brasileiro mereceria esse reconhecimento. Acho que está na hora da gente levar um Oscar para casa”, torce ele.

Por Annie Lattari, do Te Contei