O filme “Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos” fez um grande sucesso no streaming, estando entre as produções mais assistidas no catálogo da Netflix, em 2021. No entanto, mesmo com toda essa audiência, é difícil acreditar que o longa-metragem de 2016 deu um prejuízo milionário para o estúdio – que foi considerado um fracasso na época do lançamento.
Para quem não se lembra, o filme baseado no popular game “World of Warcraft” contou a batalha entre os guerreiros Orcs e os humanos na região de Azeroth. Cada lado do campo de guerra traz um grande herói: a disputa fica entre Anduin Lothar (Travis Fimmel), da Aliança e Durotan (Toby Kebbel), principal guerreiro da Horda.
Por que “Warcraft” deu tanto prejuízo?
Na época do seu lançamento, “Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos” não superou as expectativas do estúdio nos cinemas. Pelo contrário: segundo o site The Hollywood Reporter , a produção épica arrecadou US$ 430,1 milhões brutos no lançamento em 2016, mas com um orçamento estimado em US$ 160 milhões.
No entanto, o faturamento apenas nos Estados Unidos foi de US$ 46,6 milhões – o que foi considerado um fracasso de bilheteria. O The Hollywood Reporter, então, afirma que o prejuízo do filme da Legendary estaria entre US$ 15 milhões e US$ 40 milhões, número considerado bem expressivo.

Um fato curioso – e que gerou dinheiro para o filme não virar um total desastre – foi justamente as exibições internacionais: da China, por exemplo, vieram mais da metade de toda a receita, com um montante de US$ 220,8 milhões.
Por esse motivo, o épico de ficção científica do diretor Duncan Jones não virou uma franquia, apesar do projeto inicial ser justamente esse. Mas, depois da recepção nada boa nos Estados Unidos, acredita-se que a continuação da saga foi engavetada pelo estúdio.
Mesmo com os números baixos para uma grande produção cinematográfica deste porte, o filme “Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos” atingiu uma pontuação de 76% na avaliação dos fãs no Rotten Tomatoes. O número contrasta com os 28% no score da crítica especializada. “Um dos poucos filmes que vale a pena assistir em 3D: é visualmente de tirar o fôlego”, escreveu Ricardo Gallegos, do Pólvora.
“Eu simplesmente não sou um fã, e não há nada para ‘não fãs’. Então, oh meu Deus, eu odiei esse filme. Um dia, haverá uma adaptação de videogame que une os amantes do gênero original e os amantes do cinema. Este não é aquele dia”, escreveu Ryan Syrek, do The Reader.