Não há como negar que o filme “Forrest Gump: O Contador de Histórias”, de 1994, continua sendo um dos clássicos do cinema. A produção estrelada por Tom Hanks marcou época e ganhou nada menos que seis estatuetas do Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator, apesar de dividir os críticos.
Quase 30 anos depois da estreia, o longa ainda chama a atenção pelo enredo envolvente, que inclui o personagem fictício Forrest Gump em diversas cenas reais da história norte-americana recente, mas o que ninguém imaginava até hoje é que a maioria das cenas e efeitos especiais foram computadorizados.
“Forrest Gump”: curiosidade sobre a produção do filme
Um dos destaques do filme, além da interpretação premiada do ator Tom Hanks, está na pós-produção: milhões e milhões de dólares foram gastos em efeitos especiais, mesmo naquela época. Afinal, era preciso dar a Forrest uma jornada épica pelos marcos do século XX.
Quem assiste ao longa pode acompanhar o personagem dançando com Elvis Presley, conversando com o presidente Kennedy e até mesmo discursando em um protesto contra a guerra do Vietnã ao lado de Abbie Hoffman. Tudo feito com tecnologia de computação gráfica que marcou até mesmo a história do cinema.
Não é à toa que “Forrest Gump” arrecadou mais de US$ 677 milhões (mais de 3,4 bilhões de reais nos valores atuais) nas bilheterias de todo o mundo, arrebatando fãs com muito drama, comédia e lições para a toda vida.
“Minha mãe sempre disse que a vida era como uma caixa de chocolates. Você nunca sabe o que é vai conseguir”, repete o personagem central ao longo da produção. Isso sem contar o bordão “Corra, Forrest, Corra” que é usado durante todo filme.
No entanto, a produção que também traz no elenco Robin Wright e Sally Field não é consenso entre os críticos da sétima arte. A história baseada no livro de Winston Groom é contada pela ótica de um homem com QI abaixo da média – e que está presente nos momentos mais marcantes dos Estados Unidos.
Mesmo tendo conquistado o Oscar, dois Globo de Ouro em 1995 – inclusive o prêmio de Melhor Diretor para Robert Zemeckis – e até um Bafta de Melhores Efeitos Visuais, o filme tem apenas 70% de aprovação no site especializado Rotten Tomatoes.
“Contrastando a inocência despretensiosa de Forrest com as convulsões e rancores da época, o filme é um comentário sabiamente pateta sobre a estupidez da esperteza”, escreveu Duane Byrge, do The Hollywood Reporter. “A perda da inocência da América filtrada pelos olhos de um inocente – esse é o tema desta parábola árdua e pesada”, defende Joanne Kaufman, da People Magazine.