
Os niilistas sustentam a ideologia de que a vida das pessoas, crenças e valores tradicionais não têm fundamentos e que não existe sentido na existência. São pessimistas e céticos quanto aos princípios, em que nenhuma ação pode ser considerada moral ou imoral.
Os cínicos têm um comportamento sem vergonha, ressaltando as falências alheias e as próprias, burlando as estruturas de comportamento tanto da sociedade quanto dos indivíduos.
E os misantropos são aquelas que sentem desprezo generalizado pela raça humana como espécie. Este desprezo pode ter diversas intensidades, vai além das raças, religiões e status, e frisa apenas nos aspectos negativos da raça.
Separamos uma lista de filmes cujo roteiro segue uma dessas características e expõe as indiossincrasias mais sinistras, grotescas, mas que todo mundo pode ter.
1 – “Sob o domínio do medo” (1971)
Diretor: Sam Peckinpah
A hitória é ambientada em uma área rural inglesa onde vive David Sumner (Dustin Hoffman), um pacífico professor que desperta a inveja de seus vizinhos por ter uma boa vida econômica e uma bela mulher. Os ataques contra Sumner acontece com tanta frequência que desperta seu grau de violência, inicialmente psicológica, depois física. Após a mulher ser estuprada, ele decide se defender de seus vizinhos.
2 – “Laranja Mecânica” (1971)
Diretor: Stanley Kubrick
Adaptação do romance de Anthony Burgess. Acontece em um futuro hipotético com elementos distópicos, contando a vida de Alex (Malcolm McDowell), um delinquente sociopáta que disfruta da música clássica e da “Ultraviolência” (Agressão, violação, vandalismo e saques). Depois de cometer um assassinato, é traído por seus amigos e vai parar na cadeia. Lá se alista em um experimento de reeducação do governo que o transforma em alguém que seria incapaz de cometer qualquer tipo de violência, não podendo se defender nem mesmo do rancor que guarda dentro de si.
3 – “Mera Coincidência” (1997)
Diretor: Barry Levinson
O filme é, visualmente, menos violento que todos os outros, mas, sem dúvida, um dos mais cínicos. A poucas semanas das eleições, o presidente é acusado de abuso sexual. Conrad Brean (Robert De Niro), porta-voz da Casa Branca, e Stanley Motss (Dustin Hoffman), um produtor cinematográfico, encenam uma falsa guerra contra a Albânia para desviar a atenção dos eleitores. O filme deixa claro o grau de corrupção e como o governo controla e explora economicamente o povo.
4- “Psicopata Americano” (2000)
Diretor: Mary Harron
O filme é adaptação do romance de Bret Easton Ellis, ambientado nos anos 80. Conta a vida de Patrick Bateman (Christian Bale) um empresário obcecado pelo êxito, pela sua aparência e por como as pessoas o enxergam. Seu trabalho é tão competitivo que pode facilmente esconder seus impulsos homicidas, o que o faz cometer crimes violentos. Bateman é uma sátira grotesca dos homens de negócios dos anos 80: desalmado, cruel e sádico. Seus crimes têm origem em sua natureza vazia e corrupta.
5 – “Dogville” (2003)
Diretor: Lars Von Trier
No pequeno e aparentemente terno povoado de Dogville chega Grace Mulligan (Nicole Kidman), fugitiva da máfia. Tom Edison (Paul Bettany) é um jovem morador da região que aceita escondê-la se ela aceitar participar de um experimento social: ser aceita por todo o povo da vila por meio de tarefas simples. Ela consegue seu lugar em Dogville, mas tudo muda quando a polícia aparece para buscá-la e o povo começa a exercer seu poder sobre ela, tornando-a prisioneira e escrava da vila.
6 – “O Abrigo” (2011)
Diretor: Xavier Gens
Em meio a uma catástrofe atômica de proporções apocalípticas, um grupo de 8 moradores de um edifício se esconde em um refúgio nuclear no sótão feito pelo porteiro (Michael Biehn). Com o passar do tempo, tédio, claustrofobia, tensão e ansiedade vão dando lugar a ira e colocando para fora antigos rancores, que aumentam conforme eles respiram o ar reciclado e bebem água contaminada pela radiação. Voltam-se uns contra os outros, alcançando níveis de malícia e crueldade.
7 – “Corra ou Morra” (2013)
Diretor: Paul Hough
Um grupo de 80 pessoas de diversas idades, nacionalidades e status social acorda em um misterioso complexo habitacional vazio, rodeado de valas e cercas onde se formou uma pista de corrida. Uma voz em suas mentes diz para participarem de uma corrida. Se alguém perder duas vezes ou tentar fugir, morre. A corrida não tem limite de tempo, mas somente um poderá sobreviver. Acuados, os participantes se traem e se matam. 8 –“Os Lobos Maus” (2013)
Diretor: Aharon Keshales e Navot Papushado
Uma série de assassinatos acontece em Israel: as vítimas são meninas entre 8 e 10 anos que são sequestradas, violadas e cruelmente torturadas, deixando seus cadáveres decaptados. Micki (Lior Ashkenazi) é um agente da polícia que persegue obsessivamente Dror (Rotem Keinan), um professor divorciado e principal suspeito. Após o aparecimento do corpo da última vítima, o pai da menina sequestra Dror para torturá-lo e descobrir onde está o restante do corpo dela.
9 –“Cheap Thrills” (2013)
Diretor: E.L Katz
Até que grau de humilhação você estaria disposto a se submeter para conseguir uma grande recompensa? O filme explora este questionamento quando Craig (Pat Healy), um homem que acaba de perder o seu emprego, encontra-se com Vince (Ethan Embry), um antigo colega de escola. Os dois são abordados por um casal, que começa a pagar bebidas para que aceitem desafios, incialmente inocentes. A dificuldade aumenta de forma diretamente proporcional ao aumento da recompensa, a tal ponto que os homens colocam suas vidas em risco.
10- “Uma Noite de Crime” (2013)
Diretor: James DeMonaco
Os Estados Unidos alcançaram um status social invejável: a taxa de criminalidade e desemprego é quase nula e a sociedade funciona com a aperente eficiência de um relógio suiço. Tudo isso porque uma vez ao ano o governo permite uma “alívio espiritual”: durante uma noite inteira qualquer tipo de crime passa a ser legal, as pessoas podem liberar seus instintos e cometer crimes para saciar suas ânsias por violência. A misantropia não poderia ter um exemplo melhor do que esse filme que tem como um dos objetjvos mostrar que qualquer humano pode se transformar em um monstro. 11- “Relatos Selvagens” (2014)
Diretor: Damian Szifrón
Seis histórias que possuem um denominador comum e um vínculo entre elas: a violência apresentada de várias formas, levantada por meio de situações, algumas mais realistas e cotidianas, outras bastante forçadas. O filme, com seu humor negro relaxado e ciníco, mostra o lado mais sádico, rancoroso e misantropo do espectador, que pode se identificar com alguns personagens, mesmo que não admita abertamente.