10 podres dos Ramones revelados pelo baterista Marky em biografia

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Marky Ramone não foi o baterista original dos Ramones, mas foi o que ficou mais tempo na banda, que encerrou suas atividades em 1996. Toda a formação original já morreu: Dee Dee, Joey, Johnny e Tommy.  E o baterista mais longevo da banda acaba de lançar a autobiografia: “Minha Vida como um Ramone – Punk Rock Blitzkrieg”, em que conta passagens divertidas, mas narra muitos dos podres da banda, os preconceitos de Johhny e a difícil convivência entre todos, o que não é propriamente um segredo para quem leu um pouco sobre o quarteto punk, mas dá detalhes que podem até chatear os fãs.

Polêmicas dos Ramones

– Segundo Marky Ramone, Johnny chamava negros de “macacos”, latinos de “cucarachos” e asiáticos de “chineses de merda” e era contra quaisquer formas de benefícios sociais para pobres e imigrantes (Não é difícil de acreditar, pois Johnny se declarava republicano e tinha um discurso bem de direita, inclusive em sua autobiografia);

– Joey Ramone ficava hospedado em um andar diferente do hotel nas turnês porque tinha a mania de abrir e fechar a porta do quarto para atravessá-lo inúmeras vezes, devido ao seu T.O.C. (Transtorno Obsessivo Compulsivo), que irritava os colegas;

– Dee Dee é apontado como gênio – foi o principal compositor enquanto esteve na banda – mas também maluco e mentiroso. Ele teria ameaçado Mark com um canivete certa vez;

– Mark, que sabidamente foi expulso da banda em 1983 devido aos seus problemas com alcoolismo, revela que escondia uma garrafa de vodca na lixeira do banheiro do estúdio durante a gravação do disco “Subterranean Jungle”, para dar goles nos intervalos das sessões e foi descoberto e dedurado por Dee Dee;

– Marky admite algo ainda mais condenável: quando não estava em turnê, começava a beber logo cedo e por volta de meio-dia começava a jogar dinheiro pela janela para ver as pessoas digladiando pelas notas;

– O produtor Phil Spector deixou armas em cima da mesa, no estúdio, para intimidar Johnny, que foi obrigado a regravar as mesmas partes de guitarra diversas vezes;

– Por conta de seu T.O.C, Joey tinha dificuldades de sair do quarto e sair do banho. Às vezes, para evitar atrasos nos check outs de hotéis durante das turnês, o empresário da banda impedia que Joey tomasse banho para evitar a compulsão do vocalista, que precisava entrar e sair do banheiro várias vezes;

– Dee Dee adorava se relacionar com mulheres psicóticas. Ele namorou com uma prostituta viciada em drogas e violenta, que o perseguia. Durante o romance, começou a ter um caso com Nancy Spungen, a esquizofrênica ex-namorada do lendário baixista punk Sid Vicious, do Sex Pistols, morto anos antes. Pois Connie, a namorada violenta, flagrou Dee Dee na cama com Nancy. Não teve dúvidas: quebrou uma garrafa de cerveja vazia na cabeça dele e cravou um dos cacos em sua bunda;

– Marky foi expulso em 1983 por alcoolismo, mas admite que, além de desapontado, também sentiu alívio, devido ao estresse que já dominava as relações da banda: “John não suportava Joey. Joey não suportava John. Joey não suportava Dee Dee. Dee Dee não suportava John. John meio que tolerava Dee Dee. E a solução foi me expulsar. Eu!”

– No livro, Marky relata a despedida fria da banda após o último show, em Los Angeles, em 1996.” “Nos bastidores, não houve despedidas nem tapinhas nas costas. Todo mundo fez o que tinha que fazer no camarim. Havia coisas demais a dizer e nenhum motivo para tentar dizê-las. Achei que terminar com um belo set competente era bem Ramones.”

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