Elke Maravilha morre aos 71 anos no Rio de Janeiro: conheça sua história

Elke Maravilha morreu na madrugada desta terça-feira (16), aos 71 anos. A artista estava internada na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no Rio de Janeiro.

O falecimento foi confirmado ao Vix pelo irmão de Elke, Frederico, que afirmou que ainda não há informações sobre velório e enterro.

“Ela merece todas as homenagens do mundo”, afirmou à reportagem.

Elke estava em coma induzido após uma cirurgia de úlcera e não vinha respondendo à medicação. Frederico diz que o óbito foi à 1h.

Elke Maravilha: uma artista completa

Elke Maravilha foi atriz, cantora, apresentadora e modelo. Ficou conhecida por seu estilo único, misturando diversas referências estéticas. 

Começou sua carreira ao 24 anos como manequim até que ganhou fama ao trabalhar como jurada no Cassino do Chacrinha, em 1972. Fez tanto sucesso que, em seguida, passou a integrar o juri do Show de Calouros, com Silvio Santos.

No SBT, ela ainda teve a oportunidade de comandar seu próprio programa, o “Elke”. Entre seus trabalhos de maior relevância ainda estão a novela “A Volta de Beto Rockfeller”, na TV Tupi, e os filmes “Quando o Carnaval chegar” e “Xica da Silva”, de Cacá Diegues, “Pixote”, de Hector Babenco.

AgNews

Vida pessoal

Elke nasceu na Rússia, em São Petersburgo, e veio ao Brasil ainda com seis anos de idade. Era conhecida por ser extremamente culta, falava oito idiomas: alemão, italiano, espanhol, russo, francês, inglês, grego e latim. 

Além do talento, a artista esbanjava alegria por onde passava.

“Costumo dizer que sempre fui assim, só que com o tempo estou piorando! Na realidade, sempre fui um trem meio diferente, sabe? Ainda adolescente resolvi rasgar a roupa, desgrenhei o cabelo, exagerei na maquiagem e sai na rua… Levei até cuspida na cara. Mas foi bom porque entendi aquela situação como se estivessem colocando-me em teste. Talvez, se meu estilo não fosse verdadeiramente minha realidade interior, eu teria voltado atrás. Mas sabia que nunca iria recuar. Eu nunca quis agredir ninguém! O que eu quero é brincar, me mostrar, me comunicar”.

Morre Hector Babenco: 6 filmes marcantes do cineasta brasileiro