O que um romance picante e com toques de sadomasoquismo tem a ver com uma história de vampiros e lobisomens? Tudo, se estamos falando das sagas “50 Tons de Cinza” e “Crepúsculo”. Apesar de terem temáticas, gêneros e público-alvo bem diferentes uma da outra, as duas obras estão intimamente conectadas. Entenda:
Como “Crepúsculo” inspirou “50 Tons de Cinza”
Tanto “Crepúsculo” quanto “50 Tons de Cinza” falam sobre romance, foram escritas por mulheres e se tornaram verdadeiros fenômenos na literatura e no cinema. As semelhanças, no entanto, param por aí: o primeiro é uma saga sobrenatural com elementos de fantasia e amor adolescente, enquanto que o segundo é focado em questões de relacionamento e sexualidade.
A ligação entre as duas obras, no entanto, é tão íntima quanto inusitada. Escrita por E.L. James, “50 Tons de Cinza” começou como uma fanfic (narrativa ficcional criada por fãs) de “Crepúsculo”, criada por Stephenie Meyer.
Publicada em um site pessoal da autora, a história inicialmente contava com os personagens de Edward e Bella, protagonistas da saga sobrenatural, e se chamava “Master of the Universe”.
Quando a fanfic começou a fazer sucesso na internet e E.L. James decidiu transformar a narrativa em livro, o título de “50 Tons” foi criado e os protagonistas passaram a se chamar Christian Grey e Anastasia Steele.
A mudança ocorreu porque a autora percebeu que precisava adequar sua escrita para agradar os leitores que gostavam de seu estilo e de suas ideias, e não necessariamente de “Crepúsculo”. Afinal, o público-alvo das duas obras eram diferentes e muitos fãs da história de Bella e Edward não concordavam em ver o casal em situações eróticas.
Portanto, “50 Tons de Cinza” foi originalmente inspirado em “Crepúsculo” em seus estágios iniciais, mas se tornou uma obra independente, com personagens e enredos diferentes.