Quando “The Bridge” estreou muita gente não quis levar a série a sério. Primeiro, porque era uma versão de um sucesso difícil de superar, da produção sueca-dinamarquesa Bron/Broen, além de ter a premissa de mostrar a fronteira entre o México e os Estados Unidos, com toda sua violência e sordidez habituais – assunto abordado inúmeras vezes.
Porém, qualquer um que tenha visto a primeira temporada de “The Bridge” sabe que a série deixou de ser um remake desde seu estágio inicial e tornou um produto muito mais profundo, que aproveita todos os conflitos possíveis naquela linha divisória que separa muito mais do que dois países.
Por que assistir a “The Bridge”?
A série de drama estrelada por Diane Kruger e Demián Bichir mostra a tensão na fronteira dos Estados Unidos e México vivida na pele de dois policiais, um de cada país (Kruger e Bichir), que tentam capturar um serial killer. Além de estar disponível na rede de conteúdos Netflix, conheça outros cinco bons motivos para assistir ao seriado:
1. É um remake com distanciamento do original
É claro que seu principal argumento seria a adaptação da série escandinava bem sucedida, com dois policiais condenados a mostrar ao resto do mundo que os suecos e os dinamarqueses são diferentes dos americanos. Porém, ainda que todas as premissas sejam encontradas na primeira temporada, em muito pouco tempo, é inevitável sentir que as diferenças entre o México e os Estados Unidos são culturalmente abismais, mas muito próximas em termos de convivência criminal. O que parecia contraste de duas realidades, no final acabou sendo um exemplo de como ambos os lados da ponte podem ser entendidos quando os preconceitos são deixados de um lado.
2. Temática com drama social forte
O melhor de “The Bridge” é o componente social de suas histórias. Não se trata apenas de um seriado sobre a caçada de assassinos em série, mas sua intenção é informar o espectador sobre o ambiente que é terreno fértil para o surgimento de tais crimes aberrantes. A série começa mais focada nos crimes do narcotráfico, mas também vai lidar com outras questões difíceis, como os desaparecimentos das meninas de Ciudad Juarez ou a corrupção em todos os níveis do estado mexicano, especialmente, mas também do lado norte-americano.
3. Bons personagens protagonistas
A atriz alemã Diane Kruger e o mexicano Demian Bichir demonstram a química que têm em cena. Não se trata de romance, mas de atuação cheia de intensidade que mostra o quão bom são os intérpretes e personagens com a passagem dos capítulos. A policial protagonista Sonya Cross não é uma personagem fácil de dar vida, pois sua condição da doença de Asperger pode cair no excesso que Kruger consegue evitar. Já o atormentado policial Marco Ruiz, não teria sido possível uma construção tão realista na pele de outro ator.
4. Uma antagonista à altura
Em teoria, havia o risco do cenário em que a apresentação do desaparecimento das mulheres em Ciudad Juárez e o tráfico de drogas teriam mais peso do que os primeiros capítulos da série. Assim, os produtores criam uma personagem à altura das circunstâncias, uma assassina brutal encarnada por Franka Potente, que promete assustar o espectador das formas mais horripilantes possíveis.
5. Conflito cultural
As enormes diferenças culturais a poucos metros de distância são uma das coisas mais surpreendentes que se pode perceber em séries ou filmes que retratam a vida na fronteira entre países. Neste caso, a abordagem ocorre de forma muito natural e imparcial, o que é considerada pela crítica e fãs do seriado um dos grandes sucessos de “The Bridge”. Essa naturalidade faz com que produção se distingue do estereótipo dos locais de cada lado.
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