Assumir o controle de nosso futuro diante de decisões a serem tomadas é um de nossos principais objetivos como seres humanos. Mas o que aconteceria se pudéssemos, além de tudo, controlar nosso presente ao mudar nossas decisões passadas?
Essa é a pergunta feita pelo “Efeito Borboleta” (2004), um filme de Eric Bress, protagonizado por Ashton Kutcher e Amy Smart, que faz referência a uma parte da “Teoria do Caos”, a qual afirma que “o bater das asas de uma simples borboleta poderia causar um tufão no outro lado do mundo”.
Ainda que o filme tenha sido pouco valorizado, ele conquistou um lugar dentro da cultura pop, principalmente por seu final – alguns especialistas o consideram como sendo perfeito – sobretudo se levarmos em conta a inesquecível trilha sonora, com “Stop Crying Your Heart Out”, do Oasis.
Possíveis finais para “Efeito Borboleta”
Final original

Depois de fazer todo possível para proteger Kayleigh (Amy Smart) e mantê-la por perto, Evan (Ashton Kutcher) se dá conta de que a única maneira de salvar a amada é ficando longe dela. Então, para impedir que eles fiquem juntos, ele viaja até um momento da infância deles, especificamente o momento no qual eles se conheceram, e insulta e ameaça Kayleigh para mantê-la afastada para sempre – e isso dá certo, uma vez que a moça se mostra muito frágil. Assim, eles nunca cresceriam juntos, nem se apaixonariam e Kayleigh poderia viver plenamente.
Já no presente – um dos vários possíveis -, Evan queima todos os seus diários e decide viver sem Kayleigh em sua vida. Mas em determinado momento, ele a reconhece casualmente na rua. Kayleigh tem a sensação de que ele é familiar, mas continua seu caminho. Evan pensa por um momento, sente vontade de ir atrás dela, mas escolhe preservar a segurança da amada e segue em frente.
Primeiro final alternativo: final feliz

Evan e Kayleigh se cruzam casualmente, os dois se reconhecem e param para conversar. Evan faz uma piada e a convida para um café. A tela vai escurecendo e o filme acaba. O casal termina feliz para sempre, ou seja, um final relativamente clichê.
Segundo final alternativo: final em aberto

Evan e Kayleigh se cruzam casualmente, ela continua andando, mas Evan para. Depois de pensar um pouco, ele decide segui-la. Não sabemos se ele terá coragem de falar com ela.
Terceiro final alternativo: NÃO, POR FAVOR!
Vemos Evan na cena inicial, tentando viajar no tempo até algum lugar do passado, mas, para surpresa de todos, ao invés de chegar à festa de aniversário, ele decide ir ao dia de seu nascimento. Ainda no ventre de sua mãe, Evan decide cometer suicídio.
Sim, é isso que você leu. Não sabemos bem como isso acontece – supostamente ele se enrolaria no cordão umbilical – mas Evan acabaria com sua vida antes do nascimento.
Desta maneira, Evan jamais teria existido – ainda que, a partir disso, poderíamos iniciar uma discussão filosófica e moral sobre o ser -, outro indivíduo tomaria seu lugar, Kayleigh se apaixonaria por ele (porque fica claro que o destino se encarregaria de uni-la com qualquer pessoa descendente da família Treborn, não com Evan especificamente) e todos viveriam felizes para sempre. Exceto por Evan, que, na realidade, nem chegaria a viver.
Um final um pouco perturbador. Preferimos ficar com a imagem de um Evan responsável e que sacrifica seus sentimentos por amor, ao som de “Get up, come on, why’re you scared?”.
Original do VIX em Espanhol, escrito por Max Machado.
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