“O Telefone Preto” mal chegou nas telonas de cinema, mas já supera os números de “Elvis”, visto como forte concorrente ao Oscar, nas avaliações entre os críticos do Rotten Tomatoes, site especializado que é considerado referência. O terror tem Ethan Hawke como protagonista e surpreendeu ao evitar clichês do gênero. Mas, afinal, de onde vem tanto sucesso?
“O Telefone Preto” estreia aclamado pela crítica nos cinemas
O longa chegou aos cinemas brasileiros na última quinta-feira (21), enquanto “Elvis” já está em cartaz desde o dia 14 de julho, sendo considerado um verdadeiro fenômeno de bilheterias e audiência no mundo todo ao contar a história do astro do rock.
Mesmo assim, “O Telefone Preto” chegou às telonas com maior aprovação, sendo recomendado em 83% pelos críticos do Rotten Tomatoes, contra 78% para “Elvis”. Os dois sucessos só perdem para “Top Gun: Maverick” com surpreendentes 97% — número bem acima do padrão.
A sinopse segue uma série de sequestros na cidade de Denver, quando “Grabbler” (Ethan Hawke), um serial killer, demonstra uma preferência por crianças, ceifando suas vidas. Uma delas é o pequeno Finney Shaw (Mason Thames), de 13 anos.
Ambientado em 1978, “O Telefone Preto” mostra Finney acordando em um porão escuro, somente com um telefone preto ao lado. Quando o aparelho toca, o garoto consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino que tentam alertá-lo sobre o destino.
Enquanto isso, a irmã da vítima (Madeleine McGraw) começa a ter sonhos reveladores e vai atrás de resgatar o pequeno das garras do serial killer, em uma corrida contra o tempo para tirá-lo do cativeiro ainda com vida e ajudar as autoridades a prender o criminoso.
Um dos fatos que explica o sucesso por trás da sinopse está na decisão da produção de “O Telefone Preto” de evitar repetir alguns clichês do gênero. Por exemplo, Finney consegue ouvir vozes de outras vítimas e encontra um caminho para sair das garras do serial killer, além dos sustos não serem em momentos tão previsíveis.
Para os críticos, além de terror, o filme, baseado em um conto de Joe Hill, o filho de Stephen King, também é um dos melhores suspenses que chegou às telonas dos últimos tempos e deixa evidente, com uma dose um pouco cruel de realidade, que o perigo pode estar nos seres humanos vivos que circulam por aí.
“Hawke não tem muito tempo de tela, mas seu desempenho como o sequestrador rabugento e sádico – um homem pronto para explodir em violência a qualquer momento — faz do Grabber um dos melhores vilões da memória recente”, escreveu John Lui, do “The Straits Times”.
“O Telefone Preto” já está disponível nos cinemas.