“Tremembé”: saiba como estão e por onde andam os maiores criminosos na vida real

Maiores criminosos de “Tremembé” passaram por muita coisa nos últimos anos, incluindo casamentos, recomeços e obstáculos

“Tremembé”, série brasileira do Prime Video, se concentra na rotina diária da penitenciária, explorando a convivência tensa e as dinâmicas de poder estabelecidas entre detentos que ganharam notoriedade nacional devido à alta repercussão de seus crimes.

Baseada em dois livros do jornalista Ulisses Campbell, a produção destaca Suzane von Richthofen (Marina Ruy Barbosa), Anna Carolina Jatobá (Bianca Comparato), Elize Matsunaga (Carol Garcia) e Daniel Cravinhos (Felipe Simas) e o irmão Cristian Cravinhos (Kelner Macêdo).

Saiba como estão os criminosos atualmente!

“Tremembé”: o que aconteceu com os criminosos da série

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá

Condenados em 2008 pela morte de Isabella Nardoni (pena de 31 anos para Alexandre e 26 anos e 8 meses para Anna Carolina Jatobá), o ex-casal hoje cumpre pena em liberdade e se encontra separado desde, pelo menos, 2022.

Alexandre Nardoni busca a reintegração profissional em São Paulo, onde abriu um negócio próprio e firmou um contrato de trabalho como promotor de vendas na empresa de seu pai, Antônio Nardoni, com remuneração de R$ 2,5 mil, segundo a CNN.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá (Crédito: Reprodução/TV Globo)

Já Anna Carolina Jatobá vive no interior do Vale do Paraíba, cumprindo as determinações do regime aberto, como comparecimento periódico obrigatório e restrições de viagem. Ambos evitam os holofotes e mantêm completo sigilo sobre suas vidas pessoais, bem como a relação com os filhos, hoje criados pela família dela.

Elize Matsunaga

Elize Matsunaga foi condenada em 2012 a 19 anos e 11 meses de prisão pelo brutal assassinato e esquartejamento de seu marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, diretor-executivo da Yoki. Durante o tempo em que esteve detida na Penitenciária Feminina de Tremembé, ela se dedicou a atividades como cursos profissionalizantes e confecção de uniformes da unidade.

Em maio de 2022, Elize obteve a progressão para o regime aberto, deixando o presídio. Desde então, ela reside discretamente em Franca, no interior de São Paulo. Lá, já atuou como motorista de aplicativo e também se dedicou à criação e venda de roupas e acessórios para pets.

Elize Matsunaga (Crédito: Reprodução/Instagram @lucianofsantoro)

Atualmente, Elize cumpre as determinações da liberdade condicional, mantendo-se reservada e tentando reconstruir sua vida longe da mídia, embora tenha participado de documentários e entrevistas para relatar sua versão dos fatos e a experiência na prisão.

Irmãos Cravinhos

Cristian e Daniel Cravinhos, condenados pela morte do casal Manfred e Marísia Von Richthofen, pais de Suzane von Richthofen, receberam penas de 38 e 39 anos, respectivamente. O crime aconteceu em 31 de outubro de 2002 na residência da família em São Paulo.

Daniel, que era namorado de Suzane na época, cumpre a pena em regime aberto desde 2018 e hoje trabalha com customização de motos, usando as redes sociais, privadas, para mostrar a rotina, além do relacionamento com a biomédica Alyne Bento, que fazia visita a um parente na prisão quando o conheceu.

Daniel e Alyne se separaram em 2023, após quase 10 anos de relacionamento, pelo fato de a biomédica não querer engravidar do assassino. Meses depois, o ex-detento engatou um relacionamento com a cabeleireira Andressa Rodrigues, que, em 2024, estava grávida do primeiro filho deles.

Cristian e Daniel Cravinhos (Crédito: Reprodução/Instagram @cristian.cravinhos)

Os dois terminaram em novembro do mesmo ano, dias após o bebê nascer, mas Daniel se casou novamente com outra biomédica, Carol de Andrade, que conheceu quando estava comprometido. O casal oficializou a união em janeiro de 2025.

O irmão Cristian, em contrapartida, conquistou o regime aberto em 2017, mas perdeu o direito ao ser detido suspeito de agredir uma mulher, além de tentar subornar policiais em Sorocaba e estar fora da comarca declarada à Justiça. Cristian, portanto, só conseguiu sair em 2024.

Ao longo dos mais de seis meses de liberdade, Cristian voltou às redes sociais e se reconciliou com o irmão, com quem não falava há anos. O ex-detento, que tem dois filhos, o mais velho de 27 anos e a caçula de 14 anos, afirmou não ter mais contato com nenhum dos herdeiros.

Em 2025, o primogênito conquistou no STJ o direito de anular completamente a paternidade do comparsa da morte do casal von Richthofen. Ele também abdicou de qualquer herança e afirmou que estaria disposto a deixar o pai “apodrecer na velhice”.

Suzane von Richthofen

Condenada em 2002 pelo assassinato dos pais, Suzane von Richthofen inicialmente recebeu uma sentença de 39 anos, posteriormente reduzida para 34 anos. Durante sua detenção em Tremembé, ela retomou os estudos em Direito, curso que já havia iniciado antes da prisão e voltou às aulas presenciais em 2024.

Suzane Von Richthofen. (Créditos: Reprodução / Record)
Suzane Von Richthofen. (Créditos: Reprodução / Record)

Desde janeiro de 2023, Suzane, que teve a ajuda dos irmãos Cravinhos para matar os pais, cumpre o restante da pena em regime aberto. Atualmente, ela é a proprietária da “Su Entrelinhas”, um microempreendimento digital focado na venda de produtos artesanais personalizados, como chinelos, que custam em média entre R$ 150 e R$ 180.

Depois de sair da Penitenciária Feminina de Tremembé, Suzane se mudou para a cidade de Angatuba, em São Paulo. Ela é casada com o médico Felipe Zecchini Muniz, com quem teve o primeiro filho em janeiro de 2024, adotando o sobrenome do marido.

Roger Abdelmassih

Mais um criminoso que ganhou repercussão, Roger Abdelmassih, atualmente com 82 anos, ainda cumpre pena na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, pelo estupro de 37 pacientes, crimes cometidos em seu consultório de reprodução assistida entre 1995 e 2008.

Em 2009, as primeiras denúncias vieram à tona, e as investigações revelaram ao menos 48 estupros contra 37 mulheres que, em sua maioria, estavam sedadas. O médico era considerado uma das maiores referências do país na fertilização in vitro e permaneceu foragido durante três anos.

Roger Abdelmassih (Crédito: Divulgação/Senad)

Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão, em 2010, pena posteriormente reduzida para 181 anos. O ex-médico foi encontrado no Paraguai, onde vivia com a esposa e os filhos, em 2014, resultado de uma operação conjunta da Polícia Federal e da Interpol.

Roger possui uma cela individual no setor médico de Tremembé por apresentar problemas cardíacos e respiratórios, como miocardiopatia dilatada e hipertensão pulmonar. A Justiça, apesar disso, negou todos os pedidos de prisão domiciliar.

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