Agnaldo Rayol, um dos grandes ícones da música brasileira, faleceu nesta segunda-feira (4), aos 86 anos, após sofrer uma queda em sua casa
Agnaldo Rayol, cantor e ator carioca, morreu na manhã desta segunda-feira (4), após uma queda em sua casa, localizada no bairro de Santana, em São Paulo. Conforme informou equipe do músico à imprensa, ele foi internado em um hospital em São Paulo e faleceu em decorrência do acidente.
Quem foi Agnaldo Rayol: relembre a carreira
Agnaldo Coniglio Rayol nasceu em 3 de maio de 1938, no Rio de Janeiro, e desde muito jovem demonstrou talento para a música. Sua carreira começou cedo, aos cinco anos, quando estreou como cantor na Rádio Nacional, e aos dez anos fez sua primeira aparição no cinema, no filme “Também Somos Irmãos”.
No entanto, foi em 1956, após retornar de Natal e passar por mudanças vocais durante a adolescência, que sua trajetória realmente decolou. Ele firmou contrato com a Rádio Tupi e a gravadora Copacabana, lançando seu primeiro disco e começando a participar de diversos programas de música.
Rayol se destacou na televisão brasileira ao longo dos anos 60 e 70, apresentando programas como “Agnaldo Rayol Show” e “Corte Rayol Show” na Rede Record. Além disso, sua presença em novelas da emissora, como “A Última Testemunha”, “As Pupilas do Senhor Reitor”, “Os Deuses Estão Mortos” e “Sol Amarelo”, consolidou sua imagem como um artista versátil e carismático. No cinema, ele também deixou sua marca, participando de filmes como “Agnaldo, Perigo à Vista” e “A Moreninha”.
Apesar de seu extenso currículo, Rayol se destacou especialmente por suas interpretações de canções religiosas, como a famosa “Ave Maria”, e por suas românticas, muitas das quais eram em italiano. Músicas como “O Rei do Gado” e “Tormento d’Amore”, que fez parte da trilha sonora da novela “Terra Nostra”, se tornaram verdadeiros clássicos e são lembradas até hoje.
Ao longo de sua carreira, Agnaldo Rayol lançou dezenas de álbuns de estúdio e se tornou uma figura emblemática da cultura popular brasileira, conhecido por sua voz potente e seu estilo operístico. Em 2007, ele teve a honra de cantar durante a missa de canonização do Frei Galvão, celebrada pelo Papa Bento XVI, um momento significativo em sua vida e carreira.
Com mais de 70 anos dedicados à música e ao entretenimento, Rayol deixa um legado inestimável, marcado por sua contribuição ao cenário musical e sua capacidade de emocionar o público com suas interpretações apaixonadas.