Os superpoderes, mesmo sendo distintos, ganharam uma explicação no fim da primeira temporada de “Supacell”
“Supacell”, que se tornou um grande hit da Netflix, chama a atenção pela abordagem diferenciada de pessoas com superpoderes. Ambientada em Londres, na Inglaterra, a série acompanha cinco pessoas, todas negras, que descobrem que têm poderes extraordinários. Entenda!
Como surgiram os superpoderes na série “Supacell”
O fato de somente pessoas negras desenvolverem as habilidades, por motivos desconhecidos, permite que “Supacell” seja uma história de super-heróis que foge do convencional.
Além disso, o showrunner e criador Rapman se aproveitou da sinopse para tecer comentários políticos e sociais. Com forte aprovação da crítica especializada, “Supacell” chamou a atenção pelos superpoderes.
A verdade sobre as pessoas escolhidas para o dom, contudo, só é revelada no episódio final da primeira temporada. Nesse meio tempo, Ray (Eddie Marsan) decide confessar tudo o que sabe.
De acordo com Ray, todas as habilidades especiais são fruto de uma mutação que afeta os genes responsáveis pela doença conhecida como anemia falciforme, que afeta a hemoglobina dos glóbulos vermelhos.
Como consequência, se desenvolve um formato de foice, que deu origem ao nome da condição, marcada pelo bloqueio da circulação do sangue em várias partes do corpo, bem como episódios intensos de dor.
A doença atinge principalmente populações negras e latinas, em uma proporção menor, estatísticas que podem ser vistas em “Supacell”, justificando o motivo para tão poucas pessoas manifestarem superpoderes.
Ray explica ainda que, dentro do universo da série, não basta que uma pessoa tenha o gene da anemia falciforme modificado para demonstrar suas habilidades. Para ativá-las, sobretudo, é preciso de uma situação de estresse.
Além disso, a proximidade com outra pessoa com a “Supacell” em seu corpo também pode ajudar. A Netflix, no entanto, não explica o fato de um mesmo gene resultar em poderes tão distintos entre si no grupo seleto.
Rapman optou por usar a anemia falciforme de forma a conscientizar mais pessoas sobre a doença, que leva à morte precoce, bem como transformar o que seria uma fraqueza em uma grande força.