
Muito antes de “Agents of Shield” e de “Daredevil”, muito antes da criação do Universo cinematográfico da Marvel em que transcorrem, interconectadas, todas suas histórias e convivem todos os super-heróis e vilões nascidos nos quadrinhos, a Marvel levou para a TV seus personagens e teve resultados distintos.
Existem 5 série live-action da Marvel antes da estreia na televisão desta nova leva de sucesso, encabeçada por “Agents of S.H.I.E.L.D.” (e uma versão japonesa de “Homem-Aranha” do final dos anos 70).
Veja as cinco séries que foram para a TV antes do MCU (Universo Marvel Cinematográfico):
“Homem-Aranha” (1977-1979)
A primeira série não animada adaptada da HQ de mesmo nome teve um total de 13 episódios ma cadeia CBS, incluindo um longa-metragem, que funcionou como piloto.
Os grandes custos de produção da série e o medo da CBS de ser vista como “a emissora dos super-heróis” (também exibia a série “Mulher Maravilha” e transmitiu os telefilmes do Capitão América e Doutor Estranho) fizeram com que a série fosse cancelada após sete episódios, ainda na segunda temporada.
Nesta época começou a agora comum tradição dos fãs dos HQs criticarem as mudanças e adaptações nas histórias quando passadas para o formato audiovisual. Mesmo assim a série foi bem avaliada na época.
Por outro lado é famosa por não ter agradado ao mago Stan Lee, que a achou infantil demais.
“O Incrível Hulk” (1977-1982)
A mais icônica e lembrada das séries da Marvel para a TV tem O Incrível Hulk como protagonista, interpretado por Lou Ferrigno. A série é uma (se não a maior) das responsáveis pela popularidade mundial do personagem verde.
A série teve cinco temporadas e 82 episódios na CBS, incluindo também um filme como piloto, igual ao caso de “The Amazing Spider-Man”, algo comum na época.
A série foi paralisada em um momento crucial e a audiência ficou sem saber qual o destino do Dr. David Banner, mas anos depois os direitos da franquia foram adquiridos pela NBC e três telefilmes foram realizados: “A Volta do Incrível Hulk”, “O Julgamento do Incrível Hulk” e “A Morte do Incrível Hulk”.
O Homem Elétrico (1997 – 1999)
Já entrando na década de 90, chegamos a esta adaptação livre do HQ “O Homem Elétrico”, originalmente publicado pela Malibu Comics, (empresa logo adquirida pela Marvel).
“O Homem Elétrico” foi uma HQ criada por Gien A. Larson, criador também de outras séries notáveis como Battlestar Galactica (a de 1978), “Magnum”, “P. I.” e “A Supermáquina”.
Matt McColm interpreta Johnny Domino/O Homem Elétrico, um conhecido músico de jazz que é acidentalmente atingido por um raio e consegue, com o impacto, a habilidade de reconhecer o mal por meio da telepatia, perdendo, ao mesmo tempo, a capacidade de dormir.
“O Homem Elétrico” foi transmitido por diversos canais durante as duas temporadas de 22 episódios que existiram.
2 – O Mutant X (2001-2004)
O caso desta série é bastante curioso, já que foi produzida por Marvel Studios e tem o título de um dos HQs da editora, mas não inclui nenhum personagem e nenhuma história proveniente dos quadrinhos. “Mutant X” é centrado em um grupo de “novos mutantes” que possuem extraordinários poderes como consequência da manipulação genética.
Antes da criação da Marvel Studios e de se encarregar de produzir suas próprias séries e filmes, a editora havia cedido os direitos de adaptação da saga “X-Men” e todos seus produtos par aa Fox (algo que segue em vigência e não permite, por exemplo, que no filme dos “Vingadores” façam menção aos mutantes).
Esta serie foi produzida pela Marvel provavelmente com a intenção de fazer eco com a popularidade de “X-Men, uma de suas propriedades intelectuais de maior sucesso, mas cujos benefícios eram aproveitados por outra empresa na hora de a história ir para as telas. Mudaram o nome e os personagens para não infringir o acordo com a Fox, mas a gigante recusou. Depois do lançamento da série “Mutant X”, a Fox processou a Marvel e as produtoras envolvidas no projeto devido à enorme semelhança com “X-Men”.
Depois da falência de uma destas empresas, a Fireworks Entertainment, a série foi abruptamente cancelada em 2004, depois de três temporadas de bastante sucesso.
#1 Blade: The Series (2006)
A rede de TV a cabo Spike e a Marvel Entertainment lançaram em 2006 esta série da saga Blade, com Sticky Fingaz no papel titular, posicionada como a continuação da trilogia do cinema protagonizada por Wesley Snipes.
O piloto de duas horas, escrito por David S. Goyer (roteirista das três películas de “Blade”) e Geoff Johns (roteirista de “Smallville, “Arrow” e “The Flash”) foi a estreia mais assistida na história do canal Spike, mas rapidamente a audiência começou a cair e depois de 13 episódios da primeira temporada, “Blade, a Série”, foi cancelada.
Segundo Geoff Johns, o canal Spike não queria cancelá-la, mas a série tinha um orçamento muito alto para uma emissora pequena como esta.