7 razões para assistir à série “Narcos”

por | jul 26, 2016 | Séries

A série “Narcos” estreou no Netflix no último 28 de agosto e impactou pela boa construção da narrativa e o comprometimento com a verdadeira história do cartel do tráfico formado por Pablo Escobar, responsável pela expansão sem precedentes da cocaína pelo continente americano – principalmente Estados Unidos.

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A atuação de Wagner Moura, como se esperaria, foi colocada em xeque – assim como a direção de José Padilha, que contribui com o vigoroso ritmo narrativo da série criada por Chris Brancato, Carlo Bernard e Doug Miro.

Os 10 episódios da 1ª temporada estão disponíveis no serviço de streaming. Mal o sucesso foi computado, e a Netflix já deixou claro que haverá a 2ª temporada.

Veja, a seguir, 7 motivos para assistir a “Narcos”: #1 Um personagem complexo

Ainda que não seja a primeira – tampouco deva ser a última – trama sobre Pablo Escobar, o colombiano que ganhou bilhões com o tráfico de cocaína, “Narcos” pode ajudar a conhecer mais um personagem obscuro, curioso e complexo. Além de desvendar a trama de Escobar, a série retrata o poder de influência norte-americano, as complicações passadas pelo Poder Executivo daquele país e a onda que desencadeou uma série de assassinatos políticos. #2 Wagner Moura vai bem como anti-herói

Wagner Moura engordou mais de 20kg para dar vida à Pablo Escobar. Na série, o baiano tece perfil semelhante ao Capitão Nascimento de “Tropa de Elite”, ainda que sejam papéis antagônicos. A determinação diante de circunstâncias violentas e certa utopia em relação à política num primeiro momento são algumas delas – afinal, tanto Nascimento quanto Escobar são ‘ anti-heróis’, de diferentes maneiras. “Esse tipo de complexidade é bom para interpretar qualquer personagem”, disse Moura em entrevista ao jornal El País. #3 Entre Scorsese e Costa-Gavras

Situado entre a estética dos diretores Martin Scorsese e Constantin Costa-Gavras, “Narcos” é uma série em que a política reduz-se à engrenagem para mais violência. Alguns casos são assustadoramente reais – como as grávidas recrutadas para levar cocaína à Miami. #4 Colombianos não gostaram, mas o resto do mundo sim

Boa parte do público e da crítica especializada colombiana criticou a interpretação de Pablo Escobar por Wagner Moura, comparando com a série “O Senhor do Tráfico”, em que Andres Parra personifica o traficante (de muito sucesso na Colômbia). Além do fato de Moura ser brasileiro, o sotaque espanhol não foi bem captado, segundo jornalistas daquele país. No entanto, mundialmente, “Narcos” foi elogiada tanto pela complexidade dos personagens, quanto por sua produção bem amarrada. #5 Espectador quem julga

Uma das melhores características de “Narcos” é não tornar Pablo Escobar um ‘herói’. Apesar de ter mandado matar muita gente à sangue frio e impulsionar o vício de uma droga nociva, Escobar tinha um lado humano muito enaltecido pelo povo da cidade de Medellín, construindo museus, escolas etc. O espectador é testemunha dessas duas facetas de Escobar: uma hora, torce para que se dê mal; noutra, acredita num resquício de nobreza de sua personalidade. #6 Um bom elenco

Apesar de não ter muitos atores mundialmente conhecidos, o elenco de “Narcos” convence com atuações de destaque. Além de Moura, o agente policial da DEA Javier Peña ( Pedro Pascal) e a comunista Elisa ( Ana de la Reguera) são alguns dos personagens que catalisam a complexidade de uma Colômbia de muitas instabilidades e incertezas. #7 A Colômbia e os colombianos merecem as honras

Talvez a maior contribuição de “Narcos” seja mostrar ao mundo uma Colômbia que muitos estigmatizam, mas poucos conhecem a fundo. “ Os heróis da série são os colombianos – os que lutaram e os que foram mortos ou tiveram seus familiares assassinados pelos chefes do narcotráfico”, afirmou Wagner Moura.

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