Não chores por mim: 7 fatos sobre “Evita” e os problemas de Madonna na Argentina

Em janeiro de 1996, a superstar Madonna chegava a Buenos Aires, na Argentina, para começar as filmagens do musical “Evita”, no qual interpretou a personagem-título, Evita Perón. O que Madonna não sabia é que boa parte da população argentina não estava lá muito feliz com as filmagens, marcadas por protestos e até ameaças de bomba. Entenda os motivos:

#7 – Peronismo

Juan Domingo Perón (1895-1974), ex-presidente argentino e ex-marido de Evita, é o pai do “peronismo” – visão política centrada no apoio ao trabalhador e nos direitos sociais. Portanto, possui seguidores fanáticos e pouco propensos a interpretações estrangeiras do pensamento de Perón.

#6 – Mito

Evita tinha identificação popular, organizou marchas e movimentos de apoio aos trabalhadores e aos mais necessitados. Ex-atriz, bonita e carismática, se tornou um mito para os argentinos. Ver uma artista polêmica e extrovertida como Madonna a interpretando causou grande insatisfação entre os mais conservadores.

#5 – Grávida

Durante as gravações, Madonna estava grávida de sua primeira filha, Lourdes Maria, o que contribuiu mais ainda para a ira dos peronistas fanáticos, que veem Evita como uma espécie de santa. Além do mais, sua silhueta (mais cheinha), passou a destoar da imagem clássica de Evita, que era a de uma mulher esbelta.

#4 – Meteu a boca

Pouco diplomática, Madonna fez críticas aos argentinos. Em entrevista para a “Vanity Fair”, chamou o país de “não civilizado” e criticou o comportamento do então presidente Carlos Menem (“Ele ficou olhando para meu sutiã”).

#3 – Estreia conturbada

A estreia de “Evita” na Argentina, no começo de 1997, foi marcada por boicotes aos cinemas, ameaças de bomba e até um “atentado” com produto agrotóxico, que obrigou todos os espectadores a abandonarem a sala.

#2 – Musical

“Evita” foi baseado em um musical de sucesso dos anos 70, e descreve a ascensão de Evita a figura mitológica dos argentinos. A obra possui algumas “licenças poéticas”, como a participação de Che Guevara (no filme interpretado por Antonio Banderas).

#1 – Recepção fria

Apesar de não ter feito feio nas bilheterias, o filme dirigido por Alan Parker teve recepção bastante fria da crítica. A superprodução concorreu a cinco Oscars “técnicos” e levou apenas a estatueta de melhor canção original. Madonna, ao menos, levou um Globo de Ouro por sua atuação.