O Ministério da Cultura divulgou nesta segunda-feira (12) qual filme brasileiro foi escolhido para disputar um dos cinco lugares na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar 2017.
Apesar da expecitativa em torno de “Aquarius”, do diretor Kleber Mendonça Filho e estrelado por Sônia Braga, o eleito pela comissão do MinC foi “Pequeno Segredo”, do diretor David Schurmann.
Filme brasileiro concorrendo ao Oscar 2017
Escolhido entre 16 títulos brasileiros, o longa é uma ficção inspirada numa história real da família Schurmann, conhecida por viver ao redor do mundo a bordo de um veleiro. A vida deles muda completamente ao receberem a menina órfã Kat. O elenco conta com Maria Flor, Júlia Lemmetz, Marcello Antony, Fionnula Flanagan e Errol Shand.
Quem assina o roteiro é Marcos Berstein, que, ao lado de João Emanuel Carneiro, também escreveu “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles.
Agora, “Pequeno Segredo” passará pelo processo seletivo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que escolherá os cinco indicados ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O Oscar será realizado no dia 27 de fevereiro, em Los Angeles (EUA).
O Brasil já teve 45 filmes inscritos para o Oscar desde 1962, conseguindo indicar quatro: “O Pagador de Promessas”, “O Quatrilho”, “O Que é Isso, companheiro?” e “Central do Brasil”.
Polêmicas envolvendo Aquarius e a comissão
Apontado como o favorito a concorrer ao Oscar 2017 pela crítica, “Aquarius” foi alvo de polêmica com alguns membros da comissão do Ministério da Cultura por causa da discussão política em torno da obra. Durante a exibição do filme no Festival de Cannes, a equipe – entre eles, Sonia Braga e o próprio diretor – protestou contra o impeachment da então presidente afastada Dilma Rousseff e declarou, em cartazes (em inglês e francês), que o “Brasil está passando por um golpe”.
“Aquarius” chegou a ser classificado como filme para “maiores de 18 anos”, ação vista como uma represália pelo diretor Kleber Mendonça Filho e toda a equipe por trás do filme. Outros cineastas se solidarizaram com os colegas e retiraram suas próprias obras da disputa pela vaga ao Oscar 2017, como é o caso de Gabriel Mascaro (“Boi Neon”) e Anna Muylart (“Mãe Só Há Uma”).
Cinema brasileiro
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