Quem precisa de Drake ou Kanye? Veja 7 rappers que se destacaram em 2015

Claro que sete é um número muito pequeno diante do crescente número de rappers, homens ou mulheres, hétero ou homossexuais. Alguns passarão a ter reconhecimento daqui pra frente, já que lançaram álbuns quase no fim deste segundo semestre de 2015 – outros, claro, foram muito falados ao longo do ano, ainda que nomes como Drake e Kanye West não estejam na lista, porque, você sabe, eles já estão em todos os lugares, participando de dezenas de discos alheios. Já são figurinhas tarimbadas.

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Confira, a seguir, 7 rappers que se destacaram neste ano:

#7 Future

Há quem conheça Future graças à mixtape que lançou recentemente ao lado do rapper canadense Drake, “ What a Time to Be Alive”, ou pelo seu relacionamento com a (outrora) estrela do R&B Ciara. Mas é seu álbum solo, “DS2”, que merece as honras. Ele retoma o ponto de partida do projeto “ Dirty Sprite”, de 2011, com um jeitão mais solto e até psicodélico que o anterior “Honest” (2014).

#6 Young Thug

Atlanta é realmente o lugar de onde tem saído grandes rappers nestes últimos anos. Ao lado de Gucci Mane e Waka Flocka Flame (e até o mencionado Future), Young Thug é um dos principais nomes do que se convencionou chamar Southern-rap – mesmo que isso não signifique muita coisa. 2014 foi o ano que ele realmente estourou, mas foi em 2015 que ele pode provar que sua relevância ultrapassa o alcance que obteve com o hit “Stoner”. Foram três trabalhos lançados só este ano: o álbum “ Barter 6” e as mixtapes “Slime Season” e “Slime Season 2”.

#5 Fetty Wap

O rapper, que não tem a visão de um olho, despertou a atenção de estrelas como Drake e Kanye West no ano passado, com o single “Trap Queen”. Neste ano ele lançou o primeiro álbum, homônimo, que estreou no topo da parada Billboard de R&B e hip hop, provando que sua habilidade está longe de se associar aos nomes mais hedonistas do gênero.

#4 Le1f

De Nova York, Le1f começou a carreira produzindo canções para o grupo Das Racist, que já encerrou as atividades. Abertamente gay, mostrou o alcance de seu queer rap, passeando pelo trap e pela EDM (música eletrônica dançante) em seu álbum de estreia, “ Riot Boi”, recheado de petardos.

#3 Chance the Rapper

Muito se falou sobre o rapper de Chicago em 2013, quando sua mixtape “ Acid Rap” evidenciou um novo movimento no gênero. Este ano, ele associou-se ao grupo de free-jazz chamado Donnie Trumpet & The Social Experiment. Eles criam sons com instrumentos habituais ao gênero, como trompete, percussão e bateria com sons criados digitalmente (uma estrutura parecida com a M-base, de Steve Coleman). Chance the Rapper associou-se ao grupo e tornou-se uma das figuras centrais de “ Surf”, um dos mais álbuns mais musicalmente criativos do ano.

#2 Junglepussy

Algumas publicações especializadas já deram a letra no começo do ano: ‘prestem atenção nesta rapper de Nova York’, tanto que até Erykah Badu deu a bênção. O sucessor de “ Satisfaction Guaranteed” (2014), no entanto, só foi lançado em novembro deste ano. Apesar de não ter conquistado a atenção que merece, “ Pregnant With Success”, uma ode à mãe da rapper, ameniza as rimas cortantes do anterior, mas sem perder a sagacidade.

#1 Kendrick Lamar

O que mais podemos falar sobre “ To Pimp a Butterfly” quando até David Bowie afirma ter se inspirado nele para compor o próximo disco (o mais estranho de sua carreira)? Partindo do acid-jazz (“For Free?”), R&B (“Alright”), funk (“King Kunta”) e gangsta rap (“The Blacker The Berry”), o rapper de Compton conseguiu superar a qualidade do já ótimo “good kid m.A.A.d city” (2012). Se ainda não ouviu, tá moscando…

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