A nova temporada de “Lady Night” nem estreou ainda e Tatá Werneck já está causando. Um trecho da entrevista com Juliana Paes publicado no Instagram da apresentadora virou um verdadeiro debate não só entre os fãs – a própria artista se posicionou.
No vídeo, Juliana Paes e Tatá Werneck conversam sobre depilação e a apresentadora comenta que está sempre alternando entre remover todos os pelos ou deixar todos os pelos. “Quando o Rafa [Vitti] vai lá para casa, eu limpo tudo, se não ele nem entra”, brincou.
E foi justamente o comentário sobre o namorado que levantou a discussão, iniciada pelo comentário de uma seguidora:
https://www.instagram.com/p/Bp5ilfynBLG/
Vários outros internautas rebateram o comentário e a seguidora complementou: “O vídeo é todo machista. Se fosse um homem falando o que você disse, seria escroto para qualquer mulher e estaria acabado na mão de nós, feministas. […] O fato de você expor esse tipo de humor na mídia é, além de triste, extremamente prejudicial para as mulheres no momento conservador que o país vive”.
Resposta de Tatá Werneck
Tatá Werneck, então, entrou no meio da discussão e respondeu. “Tentar definir quais os motivos corretos para uma mulher optar por uma depilação é uma forma de nos aprisionar também!”, disse a apresentadora.
A discussão não terminou e a seguidora criticou a postura de Tatá. “Ser famosa não te garante que você pode lacrar em cima de quem estuda e luta mais que você, beijo!”, publicou.
Tatá rebateu com um textão:
Depilar ou não?
O debate reforça uma discussão já antiga: por que se depilar parece uma obrigação? Em especial no Brasil, a depilação íntima completa tem um apelo forte – não à toa, a remoção total dos pelos ganhou o nome de “depilação à brasileira” ao redor do mundo.
“Hoje, não se depilar tem um significado social muito forte. Antigamente, uma mulher com pelos era apenas uma mulher com pelos. Agora, uma mulher peluda significa que é mais libertária, agressiva e muitas outras coisas que as pessoas pensam. A aparência hoje é uma moeda valiosa no mercado”, explicou ao VIX Denise Bernuzzi, professora de história da PUC-SP e autora do livro “História da Beleza no Brasil”.
Mas vale reforçar: a depilação não é uma obrigação e tampouco está associada a questões de higiene. Ao contrário, tem muito a ver com imposições externas, e não internas.
“Há o fator que é quase um tabu, ninguém fala, mas é essencial: os filmes pornográficos enfatizam muito o sexo oral e lançam a moda de depilação íntima, quase uma imposição. Analisando a ‘Playboy’ no fim dos anos 1980, é possível notar que as mulheres vão ficando com cada vez menos pelos, quase sem nada”, explicou a especialista.
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