Flávia Alessandra e outros atores que já viveram robôs na ficção

Eles parecem ser de carne e osso. Foram construídos para substituir alguém, para realizar idealizações adolescentes ou para destruir os humanos. Seja qual for a história por trás dos ciborgues ou androides da ficção, o trabalho dos atores por trás das máquinas sempre impressiona.

No ar em “Morde e Assopra”, a nova novela das 19h da TV Globo, Flávia Alessandra é Naomi, uma cópia da falecida esposa do cientista Ícaro, vivido por Mateus Solano. Depois de uma viagem ao Japão, ele conhece as mais altas tecnnologias para a crianção de androides e resolve criar uma companheira para suprir a falta da mulher. A robô foi criada com as memórias da verdadeira Naomi e tem capacidade de aprendizado. Durante a novela, o telespectador vai acompanhar a evolução desse “romance”, que vai levantar a questão sobre a possibilidade de uma máquina ter sentimentos ou ser capaz de aprender a tê-los.

Se no Brasil a interpretação de ciborgues ainda é novidade, lá fora não faltam exemplos de astros de Hollywood famosos justamente por darem vida a uma máquina. Ainda na década de 1970, o ator americano Ian Holm interpretou o cientista Ash em “Alien – O Oitavo Passageiro”. Lançado em 1979, o longa de ficção científica ganhou o Oscar de Efeitos Especiais por conta da produção caprichada. Apenas na cena final o público descobre que Ash é um androide, quando ele é destruído pelo monstro.

Reprodução/IMDB
Ian Holm como Ash

Em 1984, foi a vez do sucesso “O Exterminador do Futuro” estourar nos cinemas de todo o mundo. O longa também é uma ficção e conta a intricada história de um ciborgue construído em 2029 com a missão de voltar ao passado e matar a mãe do cientista que criou a legião de androides que domina o mundo no futuro. Foi neste filme que a carreira do fortão Arnold Schwarzenegger realmente ganhou corpo. Com o sucesso do filme, vieram mais três contiuações, mas apenas a segunda repetiu o sucesso da primeira.

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A moda dos robôs disfarçados de humanos realmente bombou nos anos 1980. Entre os androides construídos para o bem, não podem faltar na lista Kelly LeBrock como “A Mulher Nota 1000”, criada por dois adolescentes em busca da mulher perfeita, e Seal Young, como a doce assistente Rachel de “Blade Runner – O Caçador de Androides”. A mocinha – e o público – só descobre ser mais uma criação do cientista Tyrrel, vivido pelo ator Joe Turkell, no fim do filme.

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Seal Young como a androide Rachel

O policial Alex Murphy foi “ressucitado” para a missão de salvar Detroit em “Robocop, o policial do futuro”, de 1982. Peter Weller deu vida ao ciborgue, que volta para combater a criminalidade, mas se depara com lembranças de sua vida anterior e busca vingança contra os que o assassinaram brutalmente.

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Peter Weller como Robocop

A história dos androides invariavelmente passa pela questão da crise de identidade, já que muitos acreditam-se – ou desejam ser tratados – como humanos. Em “O Homem Bicentenário”, Robin Williams dá vida ao comovente robô Andrew Martin, comprado por uma família para realizar tarefas domésticas. Com a convivência, Andrew torna-se cada vez mais distante de uma máquina, adquirindo características prórias de um humano e, por fim, personalidade, que o levam a buscar a sua liberdade.

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Robbin Williams como o robô doméstico Andrew

Em “A.I – Inteligência Artificial”, o diretor Steven Spilberg narra a saga de um pequeno robô, interpretado por Haley Joel Osment. Nomeado de David, ele é comprado por uma família cujo filho está em estado vegetavtivo. Depois da recuperação da criança, David seria destruído, mas sua mãe o salva, deixando-o em um bosque. É aí que ele conhece Gigolo Joe, vivido por Jude Law. Na fuga dos destruidores de androides, David tenta assimilar sua identidade como máquina e segue em busca da Fada Azul, que ele acredita poder transformá-lo em um menino de verdade, uma analogia com a história de Pinóquio, onde ter sentimentos nobres independe de sua concepção humana ou mecânica.

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Jude Law e Haley Joel Osment em “A.I – Inteligência Artificial”

Por Ana Carolina Pinto, especial para o Te Contei