Além do aguardado retorno da banda liderada por Damon Albarn, confira os principais lançamentos fonográficos da semana:
Blur: “The Magic Whip”
Gravadora: Warner Bros./Parlophone
Data oficial de lançamento: 28 de abril de 2015
Os fãs do britpop piraram quando Damon Albarn anunciou que retornaria com o Blur, em 2009. Algumas faixas foram lançadas de lá até aqui, como “Fool’s Day”, “The Puritan” e “Under the Westway” – mas nada que fosse tão comercialmente aceitável, como “Song 2” ou “Coffee & TV”.
O oitavo disco de estúdio dos britânicos é lançado 12 anos após “Think Tank” que, apesar de liderar as paradas britânicas, não trazia um dos integrantes mais importantes da banda: o guitarrista Graham Coxon (que só tocou em “Battery in Your Leg”).
“The Magic Whip” causou ótimas expectativas por conta do single “Go Out”, que exibe Coxon em perfeita forma, trazendo um experimento bem-sucedido em suas guitarras (o que só evidencia o quanto a carreira solo lhe fez bem).
Os novos ares respirados por Albarn também são notáveis no álbum: em “Thought I Was a Spaceman”, soa futuristicamente cético, como mostrou em “Everyday Robots” (2014) e “New World Towers” tem um pouco do Gorillaz nos tempos de “Demon Days” (2005).
Perdura o clima de voltar pra casa em “The Magic Whip”: com os mesmos integrantes originais (Albarn, Coxon, Alex James e Dave Rowntree) e com o mesmo produtor dos álbuns clássicos (Stephen Street), o Blur agrada fãs de longa data, com potencial para crescer ainda mais.
Gang do Eletro: “Todo Mundo Tá Tremendo”
Gravadora: Deck
Data oficial de lançamento: 28 de abril de 2015
Junto a Gaby Amarantos, mas com maior prestígio internacional, a Gang do Eletro coloca o Pará no epicentro do pop com seu segundo disco, “Todo Mundo Tá Tremendo”.
As batidas do DJ Waldo Squash, espécie de esquizofrenia eletrônica a partir do forró, mais uma vez favorecem as bem-humoradas letras de Maderito, Keila Gentil e William Love. “Lobo Mau Digital” insere a fábula na atual rotina de não se desgrudar dos smartphones, enquanto “Esperança” exibe uma pegada mais ‘a dois’ nas pistas.
As 10 músicas do disco somam apenas 27 minutos – tempo suficiente para manter a festa aquecida com o batidão brega-pop que conquistou o mainstream por aqui. Zac Brown Band: “Jekyll + Hyde”
Gravadora: Republic
Data oficial de lançamento: 28 de abril de 2015
A Zac Brown Band é uma das principais representantes da nova geração de rock sulista. Com dois Grammys em pouco mais de uma década de carreira, a banda lança o quarto disco com a provável expectativa de alcançar o topo das paradas da Billboard, como o elogiado antecessor, “Uncaged” (2012).
Quem já está habituado com o country de forte veia pop do grupo vai se esbaldar com “Loving You Easy” e “Homegrown”. Ele também se aproxima da música de Frank Sinatra em “Mango Tree”, com participação de Sara Bareilles, e convida o vocalista do Soundgarden, Chris Cornell, para um rock’n roll instigante em “Heavy is the Head”.
Insane Clown Posse: “The Marvelous Missing Link (Lost)”
Gravadora: Psychopatic
Data oficial de lançamento: 28 de abril de 2015
Muitos processos envolvem o Insane Clown Posse: a dupla já foi acusada de misoginia na Psychopatic Records e, por outro lado, processou o FBI por classifica-los como ‘gang’.
Violent J e Shaggy 2 Dope continuam com o rap horrorcore em seu 12º álbum, “The Marvelous Missing Link: Lost”, o primeiro de dois discos que serão lançados em 2015 (o outro tem o mesmo título, com o subtítulo “Found”, e deve ser lançado em julho).
Se quiser entrar na onda glitch, comece por “Apocalypse” e “Vomit”. Acredite: eles estão mais acessíveis do que se imaginava.
Eric Clapton: “Forever Man”
Gravadora: Reprise
Data oficial de lançamento: 28 de abril de 2015
Neste ano, o lendário cantor e guitarrista Eric Clapton completou 70 anos no final de março e vai dar início a uma turnê que revisa toda a carreira: desde os tempos do Cream (“White Room”), Derek and Dominos (“Layla”) e os principais hits da carreira solo, como “Cocaine” (composta pelo parceiro JJ Cale) e “Tears in Heaven”, que compôs após a trágica morte de seu filho Conor, que morreu aos quatro anos depois de cair do 53º andar de um apartamento.
Com 38 faixas, “Forever Man” faz um compêndio justo da carreira de Clapton. O disco 1 capta bons momentos em estúdio, como “Motherless Child” e “Change The World”. Já o disco 2 mostra boas performances de sua versões (“Them Changes”, de Buddy Miles; e “Over the Rainbow”, de Judy Garland, são dignos de nota) e originais (“Sunshine of Your Love”, dos tempos de Cream, e “Wonderful Tonight”).